This Is Us 2×15 – The Car
“Porque cada marca será outra memória, mas eventualmente, aquele carro ali vai contar a história da minha família” – Jack Peason
Alguém já descobriu uma formula que ensine a assistir um episódio de This Is Us sem terminar completamente destruído? Poxa gente, se não bastasse tudo que essa série fez comigo após o episódio anterior, se tinha restado um resto que fosse de lágrima, definitivamente depois desse a fonte secou. Não tenho outra palavra para me definir no momento que não seja destruído, pois é assim que me encontro por aqui.
Assistir a morte do Jack não foi fácil, ver Rebecca completamente despedaçada com a situação que enfrentou e ainda assim tendo que ser forte pelos seus filhos foi um verdadeiro soco no estômago. Porém eu não estava esperando que assistir aquela família, passando pelo funeral do Jack seria ainda mais difícil e doloroso, porque realmente foi uma dor que eu consegui sentir aqui durante todo o tempo.
O mais incrível disso tudo é a forma que os roteiristas escolheram e conseguiram contar tudo isso, nos apresentando a história de como a família Peason conseguiu aquele Wagoneer, o carro que definitivamente ficou pra contar a história dessa família e levou o título desse episódio incrível e ao mesmo tempo destruidor.
Pra quem já enfrentou um funeral de algum familiar próximo, principalmente se tratando de um pai ou mãe, sabe muito bem que ficar ali em pé, distribuindo abraços e dizendo obrigado por cada “meus sentimentos” é algo muito difícil de se fazer. Foi exatamente o que assistimos Rebecca e seus filhos enfrentando durante boa parte do episódio. Claro que todos os conhecidos da família e até mesmo os que não conheciam, ficaram chocados com o acontecimento, mas aqui eu fiquei sentindo aquela dor, principalmente da Rebecca, pois pra mim parecia que ela queria apenas agarrar aquela urna com as cinzas do marido e sair correndo pela rua.
Ainda assim Rebecca se manteve absurdamente forte durante boa parte do tempo, mas quando aquele médico, o mesmo que fez o parto de seus filhos apareceu em cena, ela de certa forma não conseguiu se segurar (e muito menos eu aqui) e foi ainda mais dolorido de assistir. Dr. K. surgir daquela trouxe tantas outras memórias, mas serviu sim pra oferecer o consolo que Rebecca precisava naquele momento.
Muito bacana a conversa que rolou entre os dois, com o médico dizendo a respeito dos tantos medos que Jack teve e das tantas vezes que aparecia sem horário marcado em seu consultório pedindo conselhos. Serviu sim pra que Rebecca enxergasse que ela com certeza tinha forças para seguir sem seu marido ao seu lado e o Dr. K. não sossegou enquanto não fez com que ela conseguisse enxergar isso.
Eu fico imaginando aquela família passando por tudo isso, os dias após o funeral e tudo mais, claro que Rebecca foi uma mãe incrível, pois já conhecemos o quanto os três filhos se deram bem na vida, crescendo saudáveis e de certa forma cada um conseguindo sua carreira. Mas ali foi quando ela realmente enxergou que conseguiria e toda aquela cena final, dela indo até a árvore preferida do Jack e conversando com seus filhos foi o ponto de partida para a batalha mais difícil que eles enfrentariam pela frente.
O melhor de tudo, foi que junto disso tudo, ainda tivemos a chance de tantos novos flashes do Jack com sua família, aconselhando e puxando a orelha dos filhos, sendo o pai e marido sensacional que foi durante o tempo de vida que conseguiu. Descobrimos o significado da tal árvore preferida e tantos outros detalhes que ainda não haviam sido revelados. Só sei que pra mim foi outro episódio que mexeu demais com meu emocional aqui e pra minha sorte rolou uma certa pausa duas semanas até o próximo, porque pelo menos dá tempo de encher a fonte novamente, até levar o próximo baque.