Jane The Virgin e o adeus das Villanuevas.
Sim, deu pra ficar com o emocional abalado depois do series finale da série.
Dezenove episódios depois, Jane the Virgin encerrou sua trajetória com uma despedida que trouxe de volta o melhor da série. Desde sua estreia lá em outubro de 2014, a série veio conquistando o público, trabalhando temas necessários de maneira leve, mas nem por isso deixando de alfinetar quando necessário. Lembro bem que quando veio a notícia de que a quinta seria a última temporada, bateu aquela tristeza, mas depois de assistir vale dizer que particularmente achei que foi uma boa decisão.
Esse quinto ano por inteiro não foi assim tão fácil de acompanhar. Talvez o mais difícil de toda a série e justamente pelo rumos que decidiram tomar em algumas histórias, mas no final do dia conseguiram entregar para o público a despedida que todos estávamos esperando, cheia de emoção, sentimento de nostalgia e também aquele vazio por saber que não veríamos mais os Villanuevas ou seus agregados alegrando nossas vidas.
Talvez o pecado da temporada foi investir tanto nessa “volta dos mortos” de Michael, pois particularmente achei que foi uma trama bastante complicada de acompanhar. Eu que na maior parte da série fui #TeamMichael me vi com pena do Rafael e torcendo pra que as coisas voltassem a se acertar por ele e Jane, ao mesmo tempo torcendo pra que meu shipper favorito voltasse a acontecer, ou seja, pensa numa bagunça que virou minha cabeça.
Mesmo assim eles conseguiram tomar uma decisão correta ao afastar novamente Michael do centro e devolver a Rafael e Jane a chance de seguirem com suas vidas e viverem seu amor. Nem por isso Michael deixou de receber seu desfecho e embora não tenha sido da maneira que o personagem merecia, gostei de vê-lo retornando no “Chapter Ninety-Eight” e mostrando por público que realmente seguiu em frente e está começando uma nova família.
Foi também nesse mesmo capítulo que FINALMENTE vimos Rose (ou Sin Rostro) para os mais íntimos morrer de uma vez. Foram tantas idas e vindas que eu até suspeitava que ela iria terminar a série viva e atormentando Jane e companhia, mas felizmente não foi o que aconteceu e a morte da personagem ainda aconteceu com a ajuda da própria Louisa que conseguiu se redimir nos quarenta minutos do segundo tempo.
Com isso a série optou por entregar um series finale totalmente positivo, com foco no casamento de Jane e Rafael e claro, sua família e amigos que lhe acompanharam durante toda essa jornada. O resultado? Então, nem precisava dizer, mas confesso que por aqui foi um tanto difícil segurar a emoção, porque o negócio foi lindo demais de assistir.
Ao contrário de alguns, eu achei a decisão de trazer aquela recapitulação no “Chapter Ninety-Nine” maravilhosa demais, pois não tinham se passado nem dez minutos e eu já estava todo choroso aqui por rever algumas das melhores cenas que a série nos presentou ao longo de sua trajetória. Ouvir o depoimento dos atores que viveram aqueles personagem também foi lindo e emocionante e gente, quando Anthony Mendez apareceu na tela se revelando como o narrador da história eu pulei de tanta felicidade.
Até então não tínhamos ouvido apenas a voz do narrador que por sinal fazia parte de toda a família e definitivamente era uma peça chave para a série ter funcionado tanto e ver a pessoa por trás daquilo tudo foi muito bom e me deixou ainda mais satisfeito com a maneira que decidiram encerrar a história.
Voltando para a história em si, foi muito lindo ver aquela família mais unida do que nunca, ver Petra se mostrando uma verdadeira integrante e me derrubando com aquele discurso choroso no jantar de ensaio do casamento. Lina revelando a gravidez, Rogelio finalmente caindo no gosto do público americano e sim, Alba levantando para apagar as luzes e nos presentando com aqueles flashes de tudo que viveu dentro da casa, um dos momentos mais emocionantes dessa finale.
A cena do casamento também foi linda, com aquela montagem das várias fases da Jane subindo no altar, toda a emoção que estava em volta da cerimônia e claro, mais uma vez Alba roubando a cena e me fazendo chorar com suas palavras. Aí quando eu achava que não podia mais me surpreender, veio a revelação do narrador dizendo que a voz era na verdade do Matelio contando a história da Jane e confirmando as teorias que já haviam sido especuladas anteriormente.
Foi tudo muito lindo e realmente uma despedida ao nível do que Jane the Virgin merecia. Vou sentir muita falta da série, daquele elenco, daquelas risadas e também dos choros. Definitivamente foi uma série que vai ficar marcada, pela importância que deu a certos assuntos e pelo espaço que foi conquistando ao longo desses anos. Definitivamente uma daquelas que da pra pegar e assistir novamente desde o início, ainda mais depois de saber que recebeu o desfecho merecido.