This Is Us 6×17 – The Train

“… Se algo te deixa triste quando acaba, deve ter sido maravilhoso quando estava acontecendo.”

Que episódio gente! Que série! Que texto! Que elenco! Sério, fiquei parado aqui tentando começar o texto sobre esse episódio, querendo entender o que poderia dizer e de forma poderia me expressar depois de chorar por praticamente cada minuto dele. Chega ser engraçado, porque ainda temos o episódio final na próxima semana e nem quero tentar imaginar o que vai acontecer.

Como o final do episódio anterior entregou e o vídeo promocional deixou ainda mais claro, “The Train” era sobre a despedida da Rebecca e mesmo na certeza de que entregariam um episódio impecável sobre isso, nem nos meus sonhos imaginei que fosse tão perfeito. Cada detalhe minimamente pensado, cada palavra. Tudo tão perfeito que eu ainda não consegui processar tudo aqui.

Rebecca é, foi e sempre vai ser incrível. Uma mãe pra qualquer um tirar o chapéu e rever um pouco dessa trajetória da forma que foi contada nesse episódio foi emocionante demais. Como sempre a série trabalhando com as linhas temporais e trazendo aqui detalhes de diálogos já ocorridos, mas encaixando perfeitamente no momento.

A ideia dela dentro daquele trem, passando vagão por vagão e encontrando um pedaço de sua vida em cada um deles. Ouvir pela caixa de som as palavras daqueles que estavam na beira de sua cama se despedindo. Encontrar pessoas que tiveram uma participação grandiosamente importante em sua vida, como o médico que fez o parto de seus filhos. Sério, que perfeição!

E o William? Eu já sabia da participação dele por motivos de gente que não consegue segurar spoiler e tascar imagens no Twitter na terça-feira a noite após a exibição do episódio nos Estados Unidos. Mesmo assim me emocionei completamente com essa parceira que rolou entre ele e Rebecca durante todo o episódio. Ele guiando-a em cada vagão, que significado.

Até mesmo aquela história da família que se acidentou no começo do episódio foi se conectando, aliás, como tudo nessa série né? Bacana demais ver o pai do menino que estava em cirurgia conversando com Jack e sequência em que Jack morre praticamente no mesmo momento que o menino é salvo pelos médicos após sofrer uma parada cardíaca durante a cirurgia. Menino esse que no futuro está envolvido na ciência da cura do Alzheimer. Como pode uma série trabalhar tão bem cada detalhe dessa forma?

As despedidas da família para com Rebecca… Beth puxando a fila e arrancando muitas lágrimas por aqui. Deja, Toby, cada momento impecável! Randall e Kevin passando a noite ao lado da mãe e eu aqui com medo de não dar tempo de a Kate chegar, mas Rebecca se recusando partir antes de ter os três filhos perto dela. Claro que a chegada da Kate foi mais um momento que me manteve derrubado chorando igual criança né? Momento lindo!

Por fim, Rebecca se foi e numa cena que já passava pela minha cabeça e ainda assim foi linda, emocionante e que vai ficar guardada pra sempre aqui na minha memória. Ela se deita para partir e ao virar pro lado está Jack, com ela dizendo aquele “oi” com o sorriso mais lindo que a série nos apresentou. Chorei e vou chorar toda vez que lembrar da perfeição que foi esse episódio.

Antes de encerrar o texto, quero deixar aqui a fala completa do William que ficou marcada nesse episódio. Comecei a resenha com uma parte dela, mas quero terminar deixando tudo aqui, porque é uma fala que veio com um significado gigantesco:

“… Se algo te deixa triste quando acaba, deve ter sido maravilhoso quando estava acontecendo.  Na verdade, eu sempre tive preguiça de ver o mundo como algo triste, pois grande parte dele é. Pois tudo acaba. Tudo morre. Mas, se der um passo atrás… Se der um passo atrás e vir o panorama completo. Se tiver coragem suficiente pra se dar o presente de uma perspectiva bem ampla, se fizer isso, verá que o fim não é triste, Rebecca. É só o começo da próxima coisa incrivelmente bonita.” – William