The Queen’s Gambit – Uma das melhores coisas da TV no caótico 2020.

Primeiramente feliz ano novo pessoinhas! Segundamente, vamos falar dessa maravilha chamada Gambito da Rainha.

E vamos do primeiro texto de 2021 que por sinal não é da primeira série vista nesse novo ano, mas sim no finalzinho de 2020, mas ta valendo. Sério meus amigos, não poderia deixar de vir aqui comentar sobre The Queen’s Gambit, essa produção do Netflix que de início não chamou minha atenção, mas acabei me rendendo depois de ler tantos elogios e agora posso dizer que pra mim é uma das melhores coisas lançadas no ano passado.

Uma série sobre Xadrez? Pois é, de início passou na minha cabeça que não seria algo que chamaria minha atenção e acredito que outras pessoas pensaram da mesma forma. Acontece que mesmo tendo o xadrez como foco, a série traz um universo muito além disso. Não é atoa que depois do lançamento, o jogo de xadrez se tornou um dos assuntos mais comentados na Internet, bem como rolou um aumento significativo nas buscas pelo jogo.

Criada por Scott Frank, a série é baseada no homônimo de 1983 de Walter Tevis e traz a trajetória de Beth Harmon, uma garotinha que descobre o xadrez aos oito anos de idade, enquanto morava em um orfanato e desde então, caminha para se tornar a melhor jogadora do mundo, uma história situada durante a época da Guerra Fria e que te conquista desde o primeiro momento.

Primeiramente quero aqui dizer o quanto me apaixonei pela Anya Taylor-Joy, atriz que interpreta de uma maneira impecável Beth Harmon. Sério, não conhecia o trabalho da atriz e fiquei surpreso com o tamanho do talento da jovem. Beth é aquele tipo de personagem com uma baita personalidade, te conquista desde o primeiro momento e te faz torcer pra que ela consiga se dar bem na vida depois de tudo que passou. Num certo ponto da série, vimos Beth se entregar para o vício no álcool e sério, a vontade era entrar ali na tela e dar uma sacudida na personagem.

O bacana mesmo é como a série mostra a história da Beth desde o início, com ela chegando no orfanato após perder sua mãe e passando a descobrir o xadrez através da ajuda do Mr. Shaibel, que trabalhava no lugar e passava as horas vagas jogando no porão do prédio. Uma relação que foi construída ali e foi tão importante na vida de Beth, lhe permitindo conhecer o mundo a fora, mas no final das contas voltando pra se despedir daquele que tanto lhe ensinou e entregando uma das minhas cenas favoritas da série, quando ela vai até o quarto dele e encontra todas as manchetes sobre sua vida no xadrez coladas na paredes.

Vimos Beth passando por vários campeonatos, ganhando a maioria deles. Pode-se dizer que ela soube aproveitar essa vida de fama e tudo mais que o xadrez lhe permitiu, mas também teve os momentos onde teve que enfrentar seus demônios, mas felizmente a história entrega um final muito bom com Beth conseguindo vencer Borgov e se tornar campeã mundial.

Todas as cenas dos jogos me davam uma aflição absurda. Conheço pouco sobre Xadrez, lembro só das épocas em que jogava ainda na adolescência, mas confesso que realmente a série me deixou com aquela vontade voltar a ter contato com esse negócio novamente. Incrível a maneira que conseguiram tornar tudo tão real. Você torce pela Beth e sofre junto, já que é um jogo que demanda tempo e paciência.

Mas realmente vale a pena cada um dos sete episódios. Li que o criador da série reescreveu a história várias vezes, assim como tentou vende-la para diversos canais, obtendo como respostas que o público não iria se interessar por uma história sobre Xadrez. Acontece que a senhora Netflix decidiu arriscar e acertou demais ein, até porque depois do lançamento, só se falava sobre O Gambito da Rainha e o sucesso foi merecido demais. Sério, quem ainda não se rendeu a história, corre, pois não vai se arrepender.